Análise pelo ângulo da gestão de segurança da informação.

 

Nos últimos dias o Brasil vem acompanhando os desdobramentos da operação Carne Fraca nas mídias e seus efeitos causados no mercado internacional como também no mercado interno.

Pois bem, podemos traçar um paralelo entre esta operação deflagrada pela Polícia Federal envolvendo diretamente o Ministério da Agricultura e a Gestão de Segurança da Informação.

Vamos aos números: A Polícia Federal mobilizou 1,1 mil policiais federais, 309 mandados judiciais, 7 estados da federação envolvidos, 3 servidores públicos afastados e menos de 0,5% dos frigoríficos apresentaram algum tipo de irregularidade.

De fato não deveria haver irregularidades, mas é primordial ressaltar a má gestão de segurança da informação dos órgãos Polícia Federal e Ministério da Agricultura, se é que elas existem.

Em primeiro lugar a Polícia Federal coletou dados, informações e produziu conhecimento, porém não consultou o órgão máximo responsável pelas auditorias, Ministério da Agricultura, sendo assim a informação não está confiável, vide verificar o espetáculo feito sobre o ácido ascórbico e a carne de cabeça de porco.

Agora a Polícia Federal volta atrás e diz que irregularidades são eventuais.

A confiabilidade das informações coletadas pela mesma foi afetada pois informar publicamente informações técnicas o qual não tem conhecimento mas que deveriam ter sido verificadas, ou seja, auditadas antes da divulgação em mídias é no mínimo amadorismo.

O que o nosso país colhe com esta falta de gestão de segurança da informação?

Conforme o ministro Blairo Maggi, “os prejuízos causados pela operação carne fraca ao setor são incalculáveis.”

Houve falha de gestão de segurança da informação sobre esta irregularidade dentro do Ministério da Agricultura desde 2012 e por questões políticas não foram investigadas, mas há de ser ter uma gestão de segurança da informação eficiente, eficaz e séria em nosso país que opera com mercados internacionais e possui uma macroeconomia.

Em contra partida, uma investigação ou auditoria não deve ser divulgada a todos sem antes ser divulgada ao seu maior interessado.

Em minha opinião errou a Polícia Federal em divulgar as informações, errou ao investigar/auditar sem antes consultar o Ministério da Agricultura.

Errou o Ministério da Agricultura ao permitir que menos de 0,5% dos frigoríficos operassem fora das normas, mas todos erram em não fazer uma excelente gestão de segurança da informação sobre a operação em si.

Grande abraço

Arlei de Souza

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